O mito do dilúvio é uma narrativa bíblica em que uma grande inundação destrói a civilização. E quantas vezes você já ouviu as pessoas falarem sobre o famoso Dilúvio e Noé com sua arca? Pois é, muito se fala se esse evento realmente aconteceu. Mas e você, acredita que o dilúvio foi algo real ou simplesmente não passa de uma parábola?
Os restos da Arca de Noé de David Allen Deal
Na Turquia, David Allen Deal acredita ter encontrado os restos da Arca de Noé. Essa notícia se tornou manchetes no final dos anos 90, quando vários meios de comunicação contaram essa história, todos com um tom de seriedade.
As dimensões dos “restos” da arca correspondem amplamente àquelas dadas em textos antigos, e a área em si é conhecida localmente como Naxuan (“Sião de Noé”). O lugar apareceu pela primeira vez no final da década de 1940, depois de descobrirem o estranho contorno da terra após um terremoto.
Já nos anos 60, a revista Life publicou fotos do lugar. Mas foi só depois de uma pesquisa de 10 anos feita por Deal que o local foi considerado o ponto final da Arca de Noé.
As marcas das inundações
Uma das melhores maneiras de detectar a localização de inundações passadas é a presença das divisas feitas pela água. Qualquer atividade de água significativa, como tsunamis, deixa essas divisas para trás. Mas essas marcas foram vistas também acima do nível do mar e do solo, o que sugere que grandes inundações em larga escala aconteceram em algum momento.
No ano de 2004, essas divisas foram descobertas nas regiões montanhosas de Madagascar. O arqueólogo ambientalista Bruce Masse estou a área e acredita que o lugar oferece provas de enchentes em larga escala. A causa seria uma cratera de impacto no Oceano Índico que é provavelmente de um grande cometa que caiu na Terra. Esse impacto, argumenta Masse, causou ondas gigantescas e imensas inundações.
Antigos escritos que contam a mesma história
Praticamente toda civilização carrega consigo uma lenda de uma grande inundação dos “tempos antigos”. Todos eles são notavelmente similares em detalhes. Embora a gente conheça a história de Noé, podemos ver também histórias na Epopeia de Gilgamesh e nos antigos escritos da Suméria sobre inundações.
Nos mitos e lendas gregas, Zeus iria “enviar uma inundação” para destruir os inimigos de quem ele havia se cansado. Nisso, Prometeu instruiu seu filho, Deucalião, a construir um ‘baú’.
O folclore romano fala do deus Júpiter, com a ajuda de Netuno, inundando a Terra para livrá-lo dos “maus caminhos da humanidad”. Nessa história, Deucalião e sua esposa, Pirra, escapam das águas em um grande barco.
Nas antigas lendas egípcias, Atum envia o dilúvio contra o “povo rebelde”. No entanto, ele opta por permanecer na Terra. Curiosamente, ele fica na na forma de uma serpente. Será que todas essas lendas parecidas, mas que envolve nomes diferentes, sugere que são relatos históricos e não lendas?
Gobekli Tepe
Embora seja pura especulação, o Gobekli Tepe é considerado por muitos uma das primeiras regiões a se estabelecer depois do Dilúvio. Edifícios avançados, conhecimentos de irrigação e agricultura são evidentes por lá, assim como pedras marcadas com animais.
Se pensarmos que os construtores da Arca usaram tecnologia avançada, esse poderia ter sido o lugar onde Noé começou a espalhar a vida pelo mundo?
Na verdade acredita-se que o local tenha sido construído por volta de 10.000 a.C.. Existem também evidências de altares onde restos de animais foram encontrados, sugerindo que eles foram sacrificados. Mais uma vez isso liga a muitas histórias da Bíblia e escritos antigos que falam de Noé e o ato ao deixar a arca.
Cidades submarinas
Muitas cidades submarinas, ou os restos delas, foram descobertas em todo o mundo. Muitas dessas cidades correspondem a 10.000 a.C., é poca quando foram parar embaixo da água.
Um exemplo dessas ruínas submersas está localizado na costa de Okinawa . Em 1986, os restos de gigantescos degraus e pirâmides foram descobertos por lá. O que tornou a descoberta ainda mais intrigante foram as antigas lendas de uma cidade submarina, que se diz exatamente onde ela foi descoberta. As ruínas foram consideradas de uma “civilização altamente avançada” pela sua estrutura.
Na Índia, uma descoberta de 2002 se estende por quilômetros abaixo d’água, com pesquisas iniciais sugerindo que a cidade foi inundada durante a última Era Glacial. Mas essas cidades são resultados de mudanças nos níveis do mar e da terra após o dilúvio?
Evidências nos pergaminhos do Mar Morto
Com a descoberta dos misteriosos escritos conhecidos como Manuscritos do Mar Morto no final da década de 1940, achamos escritos que não eram vistos há milhares de anos. Também recebemos mais descrições do Dilúvio e da arca usada por Noé.
Ps pergaminhos falam bastante sobre o Dilúvio e a arca construída para navegar nele. Eles sugerem que a arca tinha a forma de uma pirâmide. Recentemente, novas tecnologias conseguiram revelar uma palavra que antes era ilegível. A palavra é ne’esefet, que quer dizer reunido.
No contextos dos pergaminhos, a palavra sugere que as ‘costelas da arca’ estavam reunidas no topo. Em outras palavras, ela tinha um formato de pirâmides.
Pesquisadores admitem que existe a possibilidade do Dilúvio ter acontecido
Embora as teorias do Dilúvio como um evento real tenham sido descartadas, pesquisadores mais tradicionais agora ponderam seriamente sobre essa questão. Isso mostra uma mudança de pensamento, bem como a aceitação da possibilidade de que o Dilúvio fosse um evento real.
Pode ser que alguns teóricos da conspiração dirão a você que isso é apenas uma forma proposital de alimentar essa história. Mas se pensarmos que o Dilúvio aconteceu, é mais provável que os pesquisadores simplesmente tirem o ‘deles da reta’ pelo fato de não terem uma prova concreta.